Freire elogia texto de Marchi que reafirma valores democráticos do PCB, hoje Cidadania

Em comentário publicado nesta quarta-feira (25) em suas redes sociais, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, compartilhou texto de Carlos Marchi no qual o jornalista faz um breve relato sobre a história do PCB, que deu origem ao PPS e, mais tarde, ao Cidadania. No artigo, Marchi ressalta o compromisso do PCB histórico com a democracia.

Leia abaixo o comentário de Freire e o texto do jornalista:

Carlos Marchi, amigo muito querido por todos nós, faz, no texto abaixo, um breve apanhado histórico do processo de fundação do PCB, nossas lutas, consensos e dissidências, até chegar aos dias atuais como Cidadania. Uma história que reafirma a democracia e a liberdade como valores fundamentais do nosso partido.

Importante que todos – e, principalmente, os nossos – a conheçam e dela se orgulhem. Como disse Ferreira Gullar, nosso grande poeta e também ele um integrante do PCB, “quem contar a história de nosso povo e seus heróis tem que falar” deste partido “ou estará mentindo”. É isso aí. Vejam o texto:

O PCB foi fundado em 1922 e foi então chamado de Partido Comunista do Brasil.

Sua sigla original completa era Partido Comunista – Seção Brasileira da Internacional Comunista-PC-SBIC.

À época, os partidos comunistas não se consideravam partidos vinculados a um país, mas integrantes da Internacional Comunista.

Por isso sua sigla original foi esta – Partido Comunista do Brasil.

Em 1961, ante as denúncias sobre os crimes de Stalin, apresentadas por Kruschev em 1956, no 20º Congresso do PCUS, veio o racha.

A maioria dos membros aprovou a mudança do nome e da regra geral; surgiu a nomenclatura de Partido Comunista Brasileiro-PCB.

Desde então, o PCB passou a rejeitar os crimes contra a Humanidade praticados por Stalin.

Uma minoria discordou da decisão, partiu para o cisma e fundou o Partido Comunista do Brasil-PCdoB, que continuou estalinista.

O PCB adotou a ideia de que a chegada dos proletários ao poder deveria se fazer mediante a conscientização das massas.

O PCdoB prosseguiu defendendo o estalinismo, entrou em 1970 na órbita chinesa e continuou pregando a revolução pelas armas.

O PCB integrou-se às ações democráticas. Na década dos 70, o PCdoB iniciou a guerrilha do Araguaia.

Em 1992 o PCB abandonou seu nome e sigla históricos e adotou o nome de Partido Popular Socialista-PPS.

Mais uma vez, houve uma pequena cisão e os que se atribuíam a verdade histórica do comunismo refundaram a sigla PCB.

Tornaram-se um partido micro, linha-auxiliar do PT e com ínfima influência eleitoral.

Trazia, em seu bojo, uma contradição insuperável – participava de eleições, mas continuava pregando a revolução armada.

Foi a este “novo” PCB que Guilherme Boulos aderiu em 1998. Absolutamente nada a ver, portanto, com o histórico PCB.

Em março de 2019 o PPS mudou o seu nome para Cidadania, um partido com profundas raízes democráticas.

Então, pessoal, nada de confundir siglas para enganar incautos. O PCB histórico, ex-PPS, hoje chama-se Cidadania.

Nada de foices, martelos e luta armada para derrubar o “poder capitalista”. O Cidadania é parte da democracia.

Os partidos que seguem como linha-auxiliar do PT (e agora do PSOL) são o PCdoB e o “novo” PCB.

Ficou bem claro agora?

Carlos Marchi

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