“Claro que a dura punição dos culpados é importante, mas só vamos trilhar o caminho certo na busca por igualdade através da educação e da presença de cada vez mais homens e mulheres pretos em espaços hoje estruturalmente reservados para brancos”, afirma o senador (Foto: Diego Vara/Reuters)
Ao se posicionar nas redes sociais pelo brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, o vice-líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), disse nas redes sociais que o Brasil ainda está distante de um cenário de igualdade e que essa condição só será alcançada por meio da educação.
“Claro que a dura punição dos culpados é importante, mas só vamos trilhar o caminho certo na busca por igualdade através da educação e da presença de cada vez mais homens e mulheres pretos em espaços hoje estruturalmente reservados para brancos”, postou o parlamentar em seu perfil no Twitter.
João Alberto foi morto por dois seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre, na última quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra. O senador disse se fosse branco João Alberto não teria sido espancado e morto, e que não dá para negar o racismo no Brasil.
“Clarice Lispector dizia que os ignorantes são mais felizes, mas negar a realidade do racismo no Brasil é motivo de enorme tristeza. Ignorando o problema retardamos ainda mais sua solução. Mais um preto morto, vítima de uma violência que um branco não sofreria na mesma situação”, escreveu na rede social.
Para Alessandro Vieira, a composição do Congresso Nacional e das escolas de classe média reforçam o cenário da desigualdade no País.
“Basta olhar para a composição do Congresso Nacional, ou mesmo para qualquer escola de classe média pelo Brasil, para perceber o quanto estamos distantes de um cenário que nos aproxime de um sonho de igualdade. É um caminho longo, mas ele parte de deixar de ignorar a realidade”, disse o parlamentar em outro post no Twitter.