Coletivo da Bancada do Livro é novo modelo de construção de políticas públicas, diz Eliseu

A pré-candidatura coletiva da Bancada do Livro para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro é experiência importante para a democracia brasileira e apontará novos caminhos para a construção de políticas públicas no país. Quem afirma é Eliseu Neto, coordenador do Cidadania Diversidade, psicanalista e integrante da chapa que reúne outros sete nomes.

Para Neto, a concepção de uma pré-candidatura coletiva para vereador permite trazer novos atores para a política com objetivos comuns e focados “no fomento à leitura, ao livro, à cultura e à educação”.

“A grande novidade é que a pré-candidatura coletiva não representa um viés voltado ao poder e sim para defender um projeto em comum. A Bancada do Livro surgiu após a tentativa do [Marcelo] Crivella [atual prefeito do Rio de Janeiro] de censurar uma HQ por conta de um beijo gay. A pré-candidatura coletiva conta com pessoas voltadas ao campo literário. O Cidadania aceitou participar do projeto, pois defendemos uma causa em comum e lutamos e lutaremos por ela quando eleitos”, explicou.

A pré-candidatura coletiva é encabeçada por Vanessa Daya e composta ainda por Eliseu Neto, José Couto Junior, Paloma Maulaz, Caroline Guedes, Ygor Lioi, Eliza Moreno, Gledson Vinícius e Neliana Aparecida da Silva.

A iniciativa atraiu a atenção de diversos artistas, apresentadores, políticos, entre outros, incluindo o apresentador Luciano Huck e a advogada Gabriela Prioli, que elogiaram a experiência em uma live no Instagram. No Twitter, Huck também comentou a pré-candidatura coletiva, ousada e inspiradora, segundo ele. 

“Livros e educação andam juntos. A educação é a ferramenta mais poderosa para gerar oportunidades e combater desigualdades. A renovação política precisa inovar. Por isso, essa proposta de mandato coletivo pra defesa dos livros me parece positiva. É uma mistura ousada e inspiradora”, publicou.

Segundo o apresentador é preciso experimentar “coisas novas na política”, como a proposta pela Bancada do Livro. “Achei legal essa defesa do livro. Precisamos desconstruir o modelo que temos. Fui para a Coreia do Sul e a transformação por lá se deu por meio da Educação. O país asiático era muito parecido com o Brasil décadas atrás. Hoje, o professor coreano é motivo de orgulho familiar por lá. Para renovar a política, é preciso apoiar quem quer participar da política. Se não empoderarmos a nossa geração teremos sempre esse vácuo”, defendeu.

Todos pela Educação

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, também elogiou a iniciativa e reforçou a necessidade do grupo conquistar votos.

“Vocês fazem algo muito importante, diria, inédito ao trazerem para a questão do livro para a pauta política. Nós, do Cidadania, vemos a proposta como algo significativo. Agora precisamos transformar essa bela ideia em votos. Essa é a grande caminhada que precisa ser concretizada. Não sou da Bancada, mas um admirador e quero ser participante desse sucesso”, afirmou.

Um dos idealizadores da Bancada, Gledson Vinícius explicou que o objetivo do grupo é pensar políticas públicas voltadas para o livro e a educação. “Construir coletivamente não é tão simples. Romântico sim, mas difícil. Porém, extremamente importante. Acredito em uma cidade feita por cidadãos que entendam o seu lugar e suas responsabilidades”, apontou.

Também na avaliação da presidente do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, a iniciativa reforça a necessidade de lutar por um País mais justo por meio da educação e da leitura.

“Sofremos um ataque à cultura e à educação. Parabenizo a iniciativa e podem contar comigo. Precisamos, nessa grande roda de leitura e democracia, fazer um país melhor. Todos que podem servir de resistência a esse momento retrógrado em que vivemos têm a obrigação de fazer um Brasil melhor. A iniciativa me anima bastante”, sustentou, no lançamento da pré-candidatura.

Para a jornalista e apresentadora, Rachel Sheherazade, a proposta da Bancada do Livro deve ser saudada e defendida diante a importância da educação e cultura em um momento político tão conturbado no Brasil.

“Adorei a ideia. Acho importante a criação de grupos organizados na política que representem e defendam essa que é uma das pautas mais importante no País, a Educação. Se hoje temos em nossos parlamentos bancadas como a do boi, da bíblia e da bala – o que acho um absurdo apesar de respeitar e saber que isso faz parte do jogo político e democrático –, por que não criarmos uma bancado do livro em nossos parlamentos? As pessoas precisam muito mais de livros do que de armas. Os brasileiros precisam de educação e cultura”, pontuou.

A Bancada do Livro mantém importantes conversas para a construção do projeto com personalidades como Lázaro Ramos, Fábio Porchat, Guta Stresser, Flavia Oliveira, Juca Kfouri, José Trajano, Carmem Luz, Clementino Jr, Bernardo Gurbanov, Pedrinho Salomão entre outros.

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