Vice-presidente nacional do partido, deputado Rubens Bueno registrou que nomes devem estar preparados para disputar e também para fazer uma boa gestão
O vice-presidente nacional do Cidadania, deputado federal Rubens Bueno (PR), falou da importância do curso de formação política para pré-candidatos a prefeitos e vice-prefeitos, realizado pelo Cidadania do Paraná, nesta segunda-feira (24).
“Esse curso de formação política é uma tradição nossa. É responsabilidade do partido preparar os seus candidatos para disputar a eleição, e depois de eleitos a responsabilidade aumenta porque o partido faz um novo curso para prepará-los para o exercício do mandato. Desejo sucesso a todos, lembrando sempre que quem não está preparado para perder, não pode ganhar uma eleição”, destacou.
Uma das participantes, a líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), defendeu a formação política para uma boa gestão.
“Não basta apenas ganhar uma eleição. O bom mandato é feito quando você centra na pessoa, principalmente nos mais vulneráveis. Tenham uma causa e lutem por ela, e jamais deixem de preservar o respeito pela democracia, pelas liberdades, reafirmar o compromisso com o desenvolvimento sustentável, e uma postura firme a favor da justiça social”, aconselhou.
Também convidado, o prefeito de Vitória pelo Cidadania, Luciano Rezende, falou do uso da tecnologia no desenvolvimento das cidades. “Uma cidade inteligente usa a inovação, a criatividade e a tecnologia para fazer mais com menos e ajudar quem mais precisa. Em Vitória, por exemplo, não tem fila em serviços de saúde porque todas as inscrições são online”, comparou.
Rezende alertou os candidatos para a importância do uso das redes sociais.
“Tem que vivenciar esse espaço porque as redes sociais são muito mais do que uma ferramenta, são espaços de interação, independem da presença física e não têm relação com o tempo. Esse é o espaço em que as pessoas estão. Quem não compreender isso vai chegar atrasado”, explicou.
O prefeito sugeriu que os pré-candidatos também considerem o impacto da pandemia na vida das pessoas. “A prioridade em 2021 vai ser a reconstrução das famílias. As pessoas perderam o emprego e a capacidade de sustento. Os candidatos têm de discutir a proteção das famílias. A saúde e a assistência social vão se impor nessa eleição junto com a segurança pública e o combate à corrupção”, analisou.
Saúde
O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou sobre o sistema de saúde no Brasil e do trabalho na ponta para garantir acesso de qualidade à população. “Se fizerem uma pesquisa e perguntarem para a população o que se espera do próximo prefeito, a grande maioria dirá mais saúde. Ela quer mais acesso, mais humanidade no atendimento, alguém que a atenda, quer cidadania”, avaliou.
Mandetta lembrou que a Constituição traz a saúde como um direito de todos e um dever do Estado, e que é fundamental investir em um plano municipal de saúde que aproxime o cidadão: “É um desafio geracional, de tirar essa letra da Constituição e fazer com que esse sistema esteja, seja, exista. Fazer saúde é se interessar pelo tema”, pontuou, ao defender maior equidade e igualdade no trato de quem acessa a saúde.
“Não cuidando do que está no campo da promoção e prevenção, vai precisar cada vez mais de atenção. Gerir saúde é saber do que as pessoas adoecem nas suas cidades, como elas estão vivendo. O foco para todas as cidades deve ser na promoção e prevenção, e calcular o tamanho da estrutura que tenho de ter de atendimento na atenção”.
Mandetta ainda comentou o cenário pós-pandemia e disse que veremos um 2021 “extremamente sobrecarregado nas unidades de saúde do Brasil”. Ele usou como exemplo a quantidade de mamografias que deixaram de ser feitas de janeiro a agosto, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Vocês vão ver que deixaram de ser feitas 70% das mamografias. Quando voltarem a fazer, aquele câncer que estava no estágio um, estará em estágio avançado, lamentou.
Na avaliação do ex-ministro, governo e governante competentes dão condições mínimas para o cidadão. “O bem maior da Nação tem que ser a preservação da vida. Prefeitos vão sempre levar as agruras da Saúde. Minha sugestão: invistam em fazer seu plano municipal de saúde. Vão em direção ao problema, antecipem o problema, fiscalizem”, propôs.