Aumentar a tributação sobre super-ricos não provoca necessariamente fuga de capitais, diz ex-diretor do FMI

Na avaliação de Paulo Batista, a instituição de um imposto sobre grandes fortunas para bancar um programa de renda básica destinado a primeira infância é viável (Foto: Reprodução/Internet)

O ex-diretor-executivo do FMI (Fundo Monetário Mundial), Paulo Nogueira Batista Jr., disse nesta segunda-feira (24), na comissão mista do Congresso Nacional da Covid-19, que uma eventual tributação dos super-ricos no País para a instituição de um imposto sobre grandes fortunas para bancar um programa de renda básica destinado a primeira infância não provocaria necessariamente uma fuga de capitais do Brasil.  

“Não creio que a tentativa de aumentar a tributação sobre os super-ricos provoque necessariamente uma fuga de patrimônio, uma fuga de capitais. Não é que o risco não exista e esse risco é sempre alardeado pelos que são adversários da progressividade tributária, da justiça tributária no Brasil e em outros países”, disse ao responder questionamento da senadora Eliziane Gama (MA), vice-presidente da Comissão da Covid-19.

A parlamentar do Maranhão é autora do projeto de lei  (PLP 213/2020) que cria um programa de renda básica na primeira infância, com um valor de até R$800 por mês para crianças de zero a seis anos de idade.

Para Eliziane Gama, a taxação de grandes fortunas seria um mecanismo para reduzir as desigualdade sociais e, automaticamente, melhorar a situação econômica brasileira.

O diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente), Felipe Salto, disse que o projeto da senadora do Cidadania chama atenção por focalizar em um programa de distribuição de renda voltado a primeira infância, nas crianças que são de famílias pobres.

“E fazendo essa focalização, o programa certamente vai ser mais barato do que se fizesse um benefício universal e, além disso, é possível que os resultados sejam mais eficientes do ponto de vista da redução da desigualdade”, afirmou.

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