Líder Eliziane Gama cobra articulação do Governo Federal com estados para combate à pandemia

Senadora diz que as mais de 100 mil mortes pela Covid-19 mostra as dificuldades em todos os níveis no combate eficaz à doença por parte do Executivo (Foto: Reprodução/TV Senado)

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, evitou responder à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) na audiência pública virtual da comissão mista da Covid-19, nesta quinta-feira (13), sobre a sua interinidade na pasta e o motivo de o presidente Jair Bolsonaro não ‘tomar pulso’ do combate à pandemia do novo coronavírus em parceira com os governos estaduais.

“A minha pergunta é muito direta: quando o presidente vai tomar pulso dessa situação? Quantas mortes nós teremos, na verdade, que contabilizar para que possamos ter, por parte do governo federal, liderado pelo presidente da República, uma ação pactuada [com os estados]. Quando nós teremos, de fato, esse comando por parte do Presidente da República?”, perguntou a senadora.

“Com relação às posições do presidente relativamente à interinidade: são posições pessoais do presidente da República, não vou fazer comentários específicos sobre isso, mas, em relação a poderes aqui de fazer as coisas, eu tenho trabalhado independentemente da interinidade do cargo, com todos os poderes e as devidas responsabilidades para fazer as ações, não tenho sido tolhido especificamente. Outras perguntas realmente são muito pessoais, dizem respeito ao presidente da República”, disse o ministro interino.

Ao lembrar o ministro interino que o Brasil chegava hoje (13) a triste marca de mais de 104 mil mortos pela pandemia, como segundo País em números absolutos de óbitos pela doença, Eliziane Gama disse que esse cenário mostra as dificuldades em todos os níveis no combate mais eficaz por parte do governo à Covid-19.

“Aqui a gente não pode culpar ninguém. O presidente da República não é culpado por essas mortes, mas, a cada ineficiência, a cada falta de ação articulada, a cada falta de conversa com os estados, é mais uma pessoa que pode vir a óbito, porque essa omissão traz, sim, um resultado realmente catastrófico para as famílias brasileiras. E a gente vê do presidente da República uma indiferença, ministro. Não parece que o presidente está preocupado com tantas mortes que estão acontecendo”, criticou a parlamentar, vice-presidente da comissão mista da Covid-19.

Uso de máscaras

Eliziane Gama também fez duras críticas em relação à conduta de Bolsonaro sobre as recomendações do TCU (Tribunal de Contas da União) e decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) quanto à aplicação dos recursos aprovados pelo Congresso Nacional para o enfrentamento da Covid-19, e ao veto imposto pelo presidente ao projeto da obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos.

“Quando a gente via, por exemplo, o presidente da República colocando, de forma intempestiva, a necessidade do retorno do comércio, isso nos trazia muita indignação. Mas eu fiquei muito mais indignada quando ele suspendeu o uso de máscaras em locais de aglomeração, como em comércios, por exemplo”, criticou.

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