Falta de articulação do governo federal com municípios prejudicou combate à Covid-19, diz presidente da CNM

Glademir Aroldi foi questionado sobre o assunto pela senadora Eliziane Gama na comissão mista da Covid-19 (Foto: Reprodução/Agência Senado)

O presidente da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), Glademir Aroldi, disse na comissão mista da Covid-19, nesta quinta-feira (02), que a falta de articulação do governo federal com os municípios prejudicou o combate à pandemia do novo coronavírus.

“Já falei da falta da articulação, da falta dessa coordenação articulada para as ações de combate à Covid-19. Disso nós sentimos muita falta lá na ponta”, afirmou Aroldi em resposta à indagação da líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), vice-presidente da Comissão.

“A gente ficou solto, com cada gestor fazendo aquilo que estava entendendo com aquele momento novo, porque nós estamos trabalhando com o desconhecido, e muitos municípios do Brasil, se não a grande maioria, não têm equipe técnica qualificada para tratar uma situação dessas [de pandemia]”, completou.

Eliziane Gama também questionou Aroldi sobre a proposta da CNM para melhorar a articulação dos municípios com o governo federal com o objetivo de reorganizar o planejamento de ação de combate à pandemia.

“Se fossem estipuladas medidas, critérios para serem adotados em todo o Brasil, evidentemente flexibilizados, para que fossem implantados conforme a situação de cada região, eu imagino que nós teríamos tido um melhor resultado. O resultado é muito ruim: mais de 1,5 milhão de infectados e mais de 60 mil mortes. Então, o resultado é muito ruim e assusta a todos”, disse o presidente da CNM.

FPM

A senadora também quis saber a percepção de Aroldi sobre a sensibilidade da parte do governo federal de prorrogar ainda mais e reposição do FPM (Fundo de Participação dos Municípios).

“Com a recomposição que nós vamos ter até o mês de junho – e a última será paga agora, em julho –, teremos uma queda da arrecadação desse tributo na ordem de R$5,89 bilhões. Então, sim, é importante recompor”, afirmou.

Segundo ele, os municípios iniciaram ‘uma tratativa’ sobre a recomposição do FPM nesta semana com o Ministério da Economia, mas disse que não poderia responder se há sensibilidade do governo para atender essa demanda.

“Eu não poderia lhe dizer isso ainda, mas eu espero que, por conta de não termos usado todo o valor de R$8 bilhões, porque foi estabelecido um teto, a gente possa trabalhar com o governo no sentido de recompor pelo menos mais alguns meses”, disse Aroldi.

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