A ida do agora ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para o Banco Mundial “reforça a desconstrução de nossa já destruída imagem nos organismos internacionais”, avaliou o deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ), nesta quinta-feira (18).
Na visão do parlamentar, a indicação de Weintraub para o cargo ampliará o vexame vivenciado pela diplomacia brasileira, alimentado pela postura do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. “Uma medida que, infelizmente, é mais perfeito reflexo da diplomacia do desastre da dupla Ernesto-Bolsonaro”, destacou.
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, também avaliou como negativa a indicação. Em postagens no Twitter, ele ironiza a ida para um organismo multilateral de alguém crítico ao que os bolsonaristas chamam de “globalismo”.
“O absurdo tem repertório infinito. Bolsonaro ameaça indicar Abraham Weintraub, o ainda ministro da (des)Educação, pra um cargo no Banco Mundial. Oxente, mas este senhor não é contra o globalismo? Vai fazer o quê num órgão internacional?“, apontou.
Freire ainda sustenta que o anúncio da demissão foi feito para “tentar rivalizar no noticiário com a prisão de Queiroz”, ex-assessor de Bolsonaro e do filho Flavio Bolsonaro envolvido com rachadinhas. “le deixa o governo não sem antes o ultraje final: acabar com o estímulo às cotas pra negros e indígenas na pós-graduação. Um vândalo no Banco Mundial”, apontou.