Em entrevista ao site Metrópolis, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, defende a necessidade de incluir os dissidentes bolsonaristas na tentativa de formação de uma frente ampla democrática contra o presidente Jair Bolsonaro. Para ele, o movimento Janelas Pela Democracia deve estar aberto a todos que queiram fazer oposição e não pode ter como perspectiva as eleições de 2022 a fim de conciliar propostas e programas de diversos matizes.
“Nós, do velho PCB, tínhamos essa mesma compreensão na luta contra a ditadura. Quem quisesse lutar contra a ditadura que viesse se integrar e não tínhamos por que vetar. Teotônio era da Arena, tinha apoiado o golpe em 1964. Ele veio e se transformou em um símbolo da luta pela anistia e pela democracia. Por isso, eu não tenho porque vetar quem quiser vir defender a democracia e se opor a esse governo obscurantista e irresponsável”, argumenta.
Para o ex-parlamentar, não se trata de aliança com vistas à disputa de mandatos, pois o ingrediente eleitoral impediria que interesses conflitantes se concentrassem no que é substantivo. “ Se eu antecipar essa discussão, eu me esqueço de qual é a nossa tarefa imediata”, pondera. “Todo movimento que for em defesa da democracia, que está sendo ameaçada, é evidente que conta conosco. Se for de oposição a Bolsonaro, melhor ainda”, completa.
Na entrevista, Freire explica que o Cidadania ainda discute a viabilidade do impeachment, ponderando que há ainda no partido quem ache que o momento não chegou. Pontua, contudo, que a “insensatez e a irresponsabilidade” de Bolsonaro parecem não deixar alternativa. Ele ainda adianta que tem mantido conversas com PSDB, MDB e DEM na tentativa de atrair forças diversas para o movimento e aponta Lula como um “estorvo” para os petistas que desejam uma frente ampla.
Para ler a entrevista completa, clique abaixo:
Roberto Freire defende inclusão de “arrependidos” em frente anti-Bolsonaro