Caso Queiroz: Cidadania sugere CPMI no lugar de CPI e deve subscrever requerimento de Alexandre Frota

Presidente do partido, Roberto Freire pediu que os líderes Eliziane Gama e Arnaldo Jardim articulem no Congresso a unificação dos pedidos de investigação a fim de facilitar a coleta das assinaturas necessárias

O Cidadania deve subscrever o pedido de CPI apresentado nesta segunda-feira (22) pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) e vai trabalhar para transformá-lo em um requerimento de CPMI pra aliar deputados e senadores na apuração das relações do presidente Jair Bolsonaro com o miliciano Fabrício Queiroz, faz-tudo da família presidencial preso na semana passada.

Os líderes do partido no Senado e na Câmara, senadora Eliziane Gama (MA) e deputado Arnaldo Jardim (SP), respectivamente, vão trabalhar pra unificar os vários requerimentos existentes no Congresso a fim de facilitar a reunião das assinaturas necessária para instalar o colegiado, adiantou o presidente do Cidadania, Roberto Freire, após conversa com os parlamentares.

Na avaliação de Freire, eventual processo de impeachment passará necessariamente por uma CPI, já que as ruas, embora tenham falado, não podem ser palco de mobilização em razão da pandemia de Covid-19. Ele comparou a situação política de Bolsonaro a do ex-presidente Fernando Collor, cujos casos acumulados de corrupção culminaram na instalação de uma CPI, peça-chave para o processo de afastamento.

“Collor caiu em razão de um Fiat Elba. Um cheque de PC Farias, seu faz-tudo, usado na compra do carro e obtido por uma CPI, foi fundamental pra esse desfecho. No caso de Bolsonaro, já temos até Land Rover. Uma CPI pra investigar Wassef, Bolsonaro e Queiroz é urgente“, sustentou.

Em entrevista no fim de semana à GloboNews, o deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) já havia apontado a necessidade de o Congresso se posicionar sobre as inúmeras denúncias envolvendo Queiroz e a família Bolsonaro.

“Acho impossível escaparmos nesse momento pelo menos de uma CPI e precisamos garantir que essas investigações aconteçam de forma independente e o mais célere possível. Só assim a gente vai dar a resposta que a sociedade brasileira precisa”, defendeu.

Corrupção no colo de Bolsonaro

Calero observou que o gabinete presidencial nunca esteve tão próximo de “tramioas” como as que aliam Bolsonaro, Queiroz e as milícias do Rio de Janeiro.

“Esse sujeito [Queiroz] estava acobertado, albergado na casa de um sujeito que se apresenta como advogado do presidente da República e que tem trânsito livre nos palácios presidenciais de Brasília”, avaliou.

Há requerimentos do Cidadania, do PCdoB e do PSB para instalação de CPIs sobre a gestão Bolsonaro, mas a proposta de Frota reúne melhores condições de avançar pela gravidade dos fatos apontados, analisou Freire.

“É imprescindível devolver aos parlamentares o papel fundamental de fiscalizar. Não pode ficar só no STF. O fato de Queiroz ter ficado escondido na casa do advogado do presidente, articulando fraudes e obstruindo a Justiça, coloca a bomba da corrupção no colo de Bolsonaro. Pagava em dinheiro contas pessoais de um filho seu, senador da República. Temos de unificar esforços na CPI do Queiroz”, apontou.

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