Alex Manente: separar Ministério da Justiça e Segurança Pública vai aumentar custos e cargos

Em debate na CNN Brasil, redução de criminalidade depende de investimento em inteligência e articulação com as forças de segurança estaduais

Em debate na CNN Brasil, nesta quinta-feira (4), com o colega de Câmara Coronel Tadeu (PSL-SP), o deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) afirmou ser contrário à cisão do Ministério da Justiça e da Segurança Pública em duas pastas, como aventado recentemente pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Para ele, a separação em dois ministérios aumentaria as dificuldades econômicas do país e serviria apenas para empregar amigos do Governo Federal.

“Entendo que não é necessária a criação de um novo ministério. Tivemos exemplos claros na gestão de [Sérgio] Moro, ex-ministro da Justiça, de que é possível reduzir a criminalidade, que em 2019 apresentou queda de 20%. Um novo ministério significa novos cargos e custos. Servirá apenas para acomodar aliados e amigos. Isso não levará a uma segurança pública mais eficiente”, observou.

Segundo o deputado, o que pode ajudar a resolver a questão da segurança publica é “investir em inteligência e afinar o discurso com as forças de segurança pública estaduais e municipais”. “Nós precisamos combater a criminalidade com Justiça e punibilidade. Os policiais precisam ser respeitados e o reconhecimento não se dará por meio da criação de um novo ministério”, argumentou.

Questionado se a crise econômica causada pela Covid-19 não poderia resultar em aumento da criminalidade, Alex Manente afirmou que a questão é um problema real e ressaltou a necessidade de intensificar os trabalhos de assistência social e criar programas de emprego e renda para contornar a situação. “Qualquer investimento para conter a o avanço da violência não se dará com a criação do Ministério da Segurança Pública”, avaliou.

“Precisamos garantir uma assistência [social] para os mais necessitados e políticas públicas que facilitem a criação de emprego e renda. Devemos lembrar que o próprio Bolsonaro ganhou a eleição dizendo que faria uma gestão mais enxuta e eficiente. Precisamos de comprometimento na base para aqueles que trabalham na Segurança Pública sejam reconhecidos”, completou.

O parlamentar também se manifestou contra a facilitação do acesso a armas de fogo. “Sabemos que a falta de preparo adequado pode trazer complicações trágicas para uma família de bem que possui uma arma legalizada. É preciso bastante rigor quando se trata do assunto da liberação. As pessoas que trabalham com segurança possuem o preparo necessário, mas o brasileiro normal não tem”, analisou.

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