Cidadania, PCdoB, PDT, PSB, PSol, PT e Rede avaliarão ações contra a escalada golpista do presidente, diz ele, para quem campo tem de estar aberto a liberais, direita e demais forças democráticas
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, considerou passo fundamental para preservar as liberdades constitucionais reunião realizada nesta quarta-feira (27), com líderes da oposição na Câmara e Senado Federal, para discutir caminhos e unidade de ação em apoio à democracia e contra um governo que se volta claramente para instituir um regime antidemocrático e autoritário no país.
“Se durante a ditadura militar tivemos tempo para construir um grande campo de oposição, ao final vitorioso com a eleição de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral e, posteriormente, com a Constituição de 1988, no atual momento histórico, esse tempo é escasso”, alertou ele.
Segundo Freire, o cenário “exige das oposições e das forças democráticas diálogo rápido e objetivo, que reafirme o primado das liberdades e da democracia”. “A escalada golpista está acelerada e precisa ser contida”, defendeu. De acordo com o ex-parlamentar, o Cidadania vai trabalhar para que essa convergência oposicionista seja a mais ampla possível.
Forças democráticas
De acordo com ele, não pode haver viés ideológico a dividir e posturas de hegemonia política pré-definidas devem ser evitadas. “Aproveito para apoiar, com convicção, a ação do Supremo Tribunal Federal contra a indústria das fakes news, colocada a favor da manipulação e da construção de narrativas antidemocráticas e golpistas”, sustentou.
Conforme o presidente do Cidadania, as redes sociais, importante instrumento de manifestação de consciências e de obtenção de informações, “não podem ser terreno de domínio de milícias e criminosos”.
Roberto Freire argumentou ainda que essa articulação entre Cidadania, PCdoB, PDT, PSB, PSol, PT e Rede precisa estar aberta a forças políticas democráticas de outros campos, não importa se de direita ou esquerda.
“Essa frente de oposição já se encontra presente também em outras forças políticas do campo democrático, formadas por setores liberais e de direita, inclusive dissidentes do bolsonarismo”, pontuou.