Em participação no Janelas pela Democracia, Freire pede união contra Bolsonaro

Movimento reuniu Cidadania, PDT, PSB, REDE e PV em mobilização online em defesa da democracia; também presente, o ex-senador Cristovam Buarque disse que o momento pede “ação para parar governos que querem promover retrocessos”

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou nesta terça-feira (19) que o ato Janelas pela Democria é uma alternativa às mobilizações de rua, impossíveis em razão da pandemia de Covi-19, para reunir as forças democráticas em defesa do Estado Democrático e contra o governo Jair Bolsonaro.

“Ainda não acumulamos forças suficientes, as ruas não podem se encher da cidadania brasileira, mas essa Janela pode nos oferecer um ajuntamento de todos que querem permanecer em liberdade, defender a democracia, manter respeito à Constituição”, disse, em vídeo transmitido durante a live.

Para Freire, enquanto líderes mundiais protegem vidas, Bolsonaro atenta contra a democracia e atropela a ciência. “O presidente não cuida da vida. Participa de atos que pregam o fechamento do STF, do Congresso, ataca a imprensa e precisa sofrer forte oposição”, disse. “Todos os democratas devem vir para essa Janela para, juntos, lutar por liberdade”, convidou.

Na avaliação do ex-senador Cristovam Buarque, que também participou do ato, é hora da união dos democratas contra o autoritarismo e de “parar governos que querem promover retrocessos”.

“Hoje, no Brasil, estamos em um momento de dizer basta e essa hora é de união de todos os democratas na defesa da ciência, dos direitos, das florestas, dos rios, dos povos indígenas. Vamos, todos juntos, gritar basta”, conclamou.

O ato teve participação de diversas lideranças, artistas e intelectuais, entre eles, o ex-ministro da Fazenda e embaixador, Rubens Ricupero, e o ator Marcos Palmeira.

A discussão teve como foco o governo do presidente Jair Bolsonaro que, diante da crise da pandemia do coronavírus, desautoriza governadores e prefeitos em relação ao isolamento social e acirra a crise política e política. O movimento reuniu os partidos PDT, PSB, REDE, PV e Cidadania.

Em nota conjunta, os núcleos de diversidade dos partidos, incluindo o D23, pediram o afastamento do presidente Jair Bolsonaro da presidência em defesa “da democracia, das instituições e contra os constantes ataques aos direitos da população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBTT)”. O movimento também pede uma CPI no Congresso para apurar as acusações de interferência na Polícia Federal. Apenas a Rede não assina a carta.

As juventudes dos partidos também se manifestaram em carta a favor do impeachment de Jair Bolsonaro. No documento, assinado também pela J23, eles cobram a falta de ação do poder público no combate à pandemia do novo coronavírus e lembram o descaso de gestão federal com os jovens ao decidir manter as datas previstas para o Enem, prejudicando os milhões que dependem do ensino público.

Também em carta, os movimentos de mulheres dos partidos, com o M23, disseram que “não podemos mais tolerar que o presidente do Brasil trabalhe contra os brasileiros e contra a vida”. “O governo que hoje lidera o país tem mostrado na prática todo o seu desprezo pelas mulheres, fomentando políticas que ajudam a acirrar mais o preconceito de gênero e as diferenças sociais e econômicas entre homens e mulheres”, lamenta o texto, que também pede a saída de Bolsonaro.

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