‘O Enem é o acesso ao ensino superior e é exatamente por meio da educação, do acesso à universidade que se muda a vida das pessoas do Brasil”, afirma a senadora (Foto: Reprodução)
Com votos da bancada do Cidadania, o Senado Federal aprovou nesta terça-feira (19) o adiamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) previsto para o mês de novembro, mas a proposta ainda precisa ser votada pela Câmara dos Deputados.
“A proposta é justa e garante a isonomia entre os alunos da rede pública e privada de ensino. O Enem é sim um instrumento importante para diminuir a desigualdade social no País”, afirmou a líder do partido, Eliziane Gama (MA).
De autoria da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), o projeto (PL 1277/2020) suspende instantaneamente a aplicação de provas e exames, como o Enem, em casos de calamidade pública decretados pelo Congresso Nacional.
“Nós conversamos com o ministro da Educação [Abraham Weintraub durante videoconferência no último dia 5] e ele disse que o Enem não era instrumento para resolver a desigualdade social. Isso não é verdade. O Enem é o acesso ao ensino superior e é exatamente por meio da educação, do acesso à universidade que se muda a vida das pessoas do Brasil”, disse Elizane Gama, ao encaminhar o voto do Cidadania pela aprovação do projeto.
Responsável pela aplicação dos testes, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) publicou uma nota de esclarecimento, nesta segunda-feira (18), dizendo que a fixação de uma data para o Enem não a torna imutável. A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) e o TCU (Tribunal de Contas da União) também estão entre os órgãos que se manifestaram pela elaboração de um novo cronograma.