Calero pede que STF mande PGR se manifestar sobre afastamento de Bolsonaro do cargo

“Precisamos eliminar quaisquer interferências políticas no processo de investigação que corre no STF contra Bolsonaro”, diz

Em representação protocolada nesta segunda-feira (4) no Supremo Tribunal Federal, o deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) pede que o ministro Celso de Mello determine que o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, analise medida cautelar de afastamento de Jair Bolsonaro do cargo de presidente da República.

Mello é o o relator do inquérito que apura se Jair Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal, como acusa o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. O antigo diretor-geral da PF Maurício Valeixo teria sido substituído para que o presidente pudesse ter no lugar alguém a quem pudesse solicitar relatórios de inteligência e acesso a inqúeritos no STF.

Nesse contexto, conforme o parlamentar, o novo diretor-geral, Rolando de Souza, não teria a autonomia necessária para conduzir a corporação. Daí a necessidade, segundo Calero, de afastar o presidente do cargo enquanto durarem as investigações – medida alternativa à prisão prevista no Código de Processo Penal.

“Precisamos eliminar quaisquer interferências políticas no processo de investigação que corre no STF contra Bolsonaro. É nesse sentido que entendemos essencial que seja temporariamente afastado da Presidência da República. Queremos manifestação do PGR a esse respeito”, disse, em seu perfil no Twitter.

Caso o ministro não acate o envio do pedido à PGR, o deputado solicita que, alternativamente, a Corte proíba Bolsonaro de manter contato com Rolando Souza. Na peça protocolada no STF, o deputado ainda argumenta que a situação tal como se apresenta é um “descalabro político-jurídico”.

“Um inquérito policial requisitado para investigar crimes pretensamente praticados pelo presidente da República, entre eles obstrução de justiça e coação no curso do processo, em que o órgão responsável pela investigação terá seu diretor-geral alterado justamente para satisfazer o desejo de interferência política nas investigações por parte do próprio chefe do poder executivo”, aponta.

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