Luciano Huck define sentimento nacional sobre reunião de Bolsonaro: “chocante”

Postagem do apresentador no Twitter recebeu mais de 34 mil curtidas e ficou entre as mais relevantes da rede social neste sábado

O apresentador Luciano Huck foi aos trending topics (os termos mais comentados) do Twitter neste sábado (23) ao definir seu sentimento diante do vídeo da reunião ministerial comandada pelo presidente Jair Bolsonaro para discutir com seus auxiliares liberação de armas para a população, afrouxamento de normas que impedem o desmatamento e interferência na Polícia Federal para proteger a família e amigos: “chocante”.

O termo esteve entre os mais buscados e relevantes da rede social ao longo do dia. Disse Huck:

“Nas ruas, a Covid já tinha causado quase 3 mil mortes e a doença crescia rápido no Brasil, enquanto nos palácios rolava um show de descaso com a Saúde. Pontuado por falas desconectadas, grosseiras, com interesses pessoais, completamente alheias às reais necessidades do país. Chocante”.

Veja o tuíte abaixo:

Brasil descoordenado

O tuíte foi curtido mais de 34 mil vezes, recebeu mais de 13 mil comentários e foi retuítado por mais de 2,1 mil perfis. Huck já vinha se manifestando sobre gestão pública no Twitter, em comentários que também viralizaram, com críticas à atuação do governo Bolsonaro diante da pandemia de Covid-19. Na quarta-feira (20), reagiu duramente a declarações do presidente sobre o uso da cloroquina no tratamento da doença. A droga, segundo pesquisas, não apenas é ineficaz como poder matar.

Em live, Bolsonaro ironizou as pesquisas e disse que “quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda, Tubaína”. No mesmo dia, Guedes, que resiste a ampliar o auxílio emergencial aos mais vulneráveis, disse que o governo socorreria as empresas aéreas. “Assustador. Duas das principais autoridades do país seguem frias na semana que vamos chegar a 20 mil mortos. Sensibilidade zero”, apontou em postagem no Twitter.

“Nenhuma palavra de carinho com as famílias vítimas da pandemia. Um preocupado com o tamanho do Estado. O outro com tubaína. O Brasil está descoordenado”, afirmou em postagem curtida 43.700 vezes e retuítada outras 5.437. A descoordenação foi apontada também em outro tuíte, que foi parar na coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo. “Fatos: ministros técnicos e competentes fritados em meio à pandemia. Ministérios aparelhados”, lamentou.

Cidadania

A potagem ainda criticava a liberação da cloroquina sem comprovação científica e a nomeação de um advogado criminalista (Zoser Hardman de Araújo) como assessor especial no Ministério da Saúde, para onde também foram contratados 9 militares que não são da área. “O Brasil está descoordenado”, voltou a dizer. O apresentador também lamentou o assassinato do menino João Pedro, de 14 anos, por policiais enquanto estava em casa em São Gonçalo. “O vírus da violência continua, no presente, a massacrar o futuro do Brasil”, postou.

Também louvou a decisão do deputado federal Marcelo Freixo (PSol-RJ) de abrir mão de uma candidatura competitiva na cidade do Rio de Janeiro em nome de uma frente ampla que permita derrotar o bolsonarismo na cidade. “Importante gestos que desmobilizem a polarização (…). Fortalece a cidadania. Compartilho desse realismo. Não é hora de ideologias que desmobilizam. É hora de defesa da democracia e contra o autoritarismo”, ponderou, curtido por 7.603 pessoas.

Esse novo posicionamento no Twitter, rede considerada mais voltada para a arena política e social, vem surtindo efeitos. O instituto Quaest, muito relevante em Minas Gerais, aponta, segundo a Folha, que Huck vem ganhando “fôlego” e “passou a experimentar um aumento de mobilização e engajamento de sua base”, chegando a ficar atrás apenas do presidente Jair Bolsonaro em relevância nas redes sociais e à frente do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

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