Igualdade Racial 23 do Maranhão debateu em live realidade dos negros em meio à pandemia

O coordenador do Igualdade Racial 23 do Cidadania de Maranhão, Walter Maresia, realizou, na noite desta quarta-feira (12), live na internet para debater a perspetiva da população negra no Brasil após o fim da pandemia de Covid-19. No foco, a questão fundiária de populações tradicionais, como os quilombolas, e o ensino a distância deficitário para os menos favorecidos, sobretudo, os negros de todo o País.

A conversa contou com a participação da mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP como mediadora, Marinildes Martins; da advogada e assessora jurídica da Comissão de Territórios Tradicionais da INTERMAsócio, Mônica Borges; e do professor de licenciatura em Estudos Africanos e Afro-brasileiros e doutor em Políticas Públicas, Richard Martins.

Para Maresia, é importante debater as desigualdades e vulnerabilidades enfrentadas pela população e tratar de perspectivas pós-pandemia a fim de “garantir os direitos dos menos favorecidos”. A advogada Mônica Borges, em sua exposição, levantou preocupação com a aprovação, pelo Senado Federal, da MP 910/19, que trata da regularização fundiária do País.

“A MP traz, entre vários pontos negativos, o marco temporal que serve para regularizar terras ocupadas entre 2011 e 2018. Uma pequena parcela de pessoas que ocupou terras durante esse período poderá ter suas terras regularizadas, enquanto comunidades quilombolas que aguardam regularização ocupam seus territórios há mais de 100 anos”, apontou.

Monica também criticou a dispensa de vistoria prevista na MP. “Esse dispositivo permite que os estados abdiquem de fazer vistorias de propriedades de até 1500 hectares beneficiando o agronegócio diretamente deixando de lado as comunidades tradicionais”, sustentou.

Já o professor Richard Christian apontou os problemas enfrentados pelos jovens negros no acesso a internet e a equipamentos de informática necessários para aulas de EAD. “Como darei conta das atividades se não tenho como acessar a internet, livros ou custear determinados gastos de acesso às redes e equipamentos”, questionou.

Embora não veja perspectiva nesse sentido, ele cobrou que o governo federal adota programas de inclusão digital, a fim de ampliar o acesso a internet para todos e “dinamizar a economia” a partir da redução de obstáculos ao desenvolvimento dos mais vulneráveis.

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