Alessandro, Eliziane e Freire defendem que Planalto entregue ao STF vídeo citado por Moro em depoimento

‘Quem tem a verdade ao seu lado não precisa esconder provas’, diz o senador; para a líder da bancada, ‘não entregar o vídeo é assumir que o governo tem algo a esconder’; já o presidente do partido lembrou que o próprio Bolsonaro ameaçou divulgar o vídeo e disse que imbróglio pode resultar em obstrução de Justiça (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Eliziane Gama (MA) defenderam em entrevistas ao site ‘O Antagonista’ que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem de entregar ao STF (Supremo Tribunal Federal) o vídeo da reunião do chefe do Executivo com ministros citado em depoimento pelo ex-juiz Sérgio Moro, que deixou o Ministério da Justiça.

Segundo Moro, o vídeo comprovaria a interferência de Bolsonaro para a troca do comando da PF (Polícia Federal), um dos motivos de sua demissão do cargo.

“O próprio presidente anunciou que faria a divulgação do vídeo da tal reunião, em tom de ameaça. Quando o Supremo, atendendo a pedido do Procurador-Geral da República, determina a apresentação do mesmo vídeo, surgem desculpas para o não envio. Tenho uma posição muito objetiva e clara sobre o tema: quem tem a verdade ao seu lado não precisa esconder provas”, disse Alessandro Vieira (veja aqui).

Para o senador, a recusa poderá configurar crime de desobediência, assim como a destruição ou edição das imagens representará obstrução de Justiça.

“A divulgação desse vídeo é peça-chave para desvendar as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro. Não entregar o vídeo é assumir que o governo tem algo a esconder”, disse a senadora Eliziane Gama (veja aqui).

A líder do Cidadania no Senado ainda acrescentou: “Ao não entregar provas fundamentais à investigação, [o presidente] incorre em crime de obstrução de Justiça”.

Na mesma linha, o presidente nacional do partido, Roberto Freire, disse, em seu perfil no Twitter, que o imbróglio envolvendo tentativa de não esconder ou entregar apenas uma parte do vídeo pode levar até mesmo à cassação do mandato de Bolsonaro.

“A verdade é que o depoimento de Moro, que não teria a tal bala de prata, vai enredando Bolsonaro e governo numa teia de mentiras que pode resultar em obstrução de Justiça e cassação de mandato. O presidente ameaçou divulgar o vídeo e recuou. Moro sustentou. Bolsonaro vai fugir de novo?”, questionou. (Veja aqui)

A AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu da decisão do ministro do STF, Celso de Mello, de obrigar o governo a entregar o vídeo da reunião. Quer agora entregar apenas o trecho da reunião que o ex-juiz Sérgio Moro citou em seu depoimento.

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