Senadores repudiam ataques do Presidente da República à liberdade de imprensa

Para o senador Alessandro Vieira (SE), o presidente mostra sua “incapacidade de responder perguntas simples em ambiente democrático” (Foto: Reprodução)

Os senadores do Cidadania repudiaram o ataque do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas nesta terça-feira (5), em frente ao Palácio do Alvorada. Ao ser questionado sobre as recentes mudanças na Polícia Federal ele mandou repórteres calarem a boca e ainda atacou a ‘Folha de S. Paulo’, chamando o jornal de “canalha”, “patife” e “mentiroso”, ao mostrar uma imagem que reproduzia a edição impressa de hoje referindo-se à manchete “Novo diretor da PF assume e acata pedido de Bolsonaro”.

“Quando grita mandando uma jornalista calar a boca, o presidente da República não apenas mostra falta de educação e desrespeito à liberdade de imprensa, incompatíveis com o cargo que ocupa. Mostra sua incapacidade de responder perguntas simples em ambiente democrático. Lamentável”, escreveu o senador Alessandro Vieira em seu perfil no Twitter.

Para a líder da bancada do Cidadania, Eliziane Gama, o ataque de Bolsonaro aos profissionais de imprensa mostra a sua “difícil relação” com o Estado democrático de direito.

“É muito claro para todos nós que o presidente da República está descompensado. Hoje, a forma como ele se dirigiu a jornalistas, mandando um jornalista calar a boca, é a demonstração clara da falta de respeito com a democracia, com as liberdades e com uma imprensa livre”, afirmou a parlamentar maranhense, ao lamentar que Bolsonaro “se demonstra alguém totalmente desequilibrado, infelizmente, neste momento de pandemia no Brasil”.

O senador Jorge Kajuru também manifestou indignação com a atitude do presidente na sessão retoma do Senado.

“Eu sou um jornalista com quase 50 anos de profissão. A única e última vez que eu ouvi alguém mandar um jornalista calar a boca foi o General Newton Cruz, que eu não sei onde está ou em qual cruz está”, ironizou.

O general agrediu ao vivo o jornalista Honório Dantas em 1983, quando o Brasil ainda estava em plena ditadura militar. No momento, eternizado em vídeo, Newton manda o radialista se calar depois de ser questionado sobre a falta de democracia no Brasil.

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