No Twitter, líderes do Cidadania condenam ato de Bolsonaro que pediu volta da ditadura

Para Roberto Freire, presidente se aproveita da pandemia da Covid-19 para articular escalada antidemocrática

O presidente Nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o ato político de Jair Bolsonaro em frente ao QG do Exército, em Brasília, neste domingo (19), é parte de uma escalada antidemocrática que deve colocar as instituições em alerta. Na avaliação do ex-parlamentar, Bolsonaro cometeu crimes comum e de responsabilidade ao furar o isolamento social e apoiar manifestantes que pediam a volta da ditadura militar

“O STF e o Congresso devem ficar em posição de alerta. O presidente está se aproveitando da pandemia para articular uma escalada anti-democrática. Além de um ato criminoso contra a saúde pública, foi um cirme de responsabilidade apoiar um ato que prega a volta do AI-5 e contra o Congresso e STF”, afirmou ao jornal O Estado de São Paulo.

Em seu perfil no Twitter, Freire condenou as “irresponsabilidades criminosas” e “as manifestações de objetivo golpista” de Bolsonaro e defendeu a “unidade das forças democráticas, junto à firme liderança do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e na defesa da imprensa livre”.

Em relação à fala de Bolsonaro de que não irá negociar nada, o presidente do Cidadania lembrou que recentemente o presidente recebeu líderes partidários no Planalto sob o pretexto de negociar a formação de uma base política no Congresso. Para Freire, o comportamento aparentemente errático do presidente é, na verdade, um “jogo da desfaçatez e da mentira em sua escalada antidemocrática”.

A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), também o usou o Twitter para dizer que Bolsonaro “radicalizou de vez o discurso”. “Em cima de uma caminhonete, falou para sua claque de irracionais. Rompe com o povo que democraticamente o elegeu para se comportar como um amotinado”, criticou.

A senadora classificou de “ato covarde” o ataque às instituições, o Congresso, a Justiça e afirmou que – defesa da ditadura em um momento tão grave é uma tentativa de golpear a democracia. “Estamos juntos com os 20 governadores, que, em carta, defendem o país e a manutenção das instituições democráticas”, sustentou.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) assinalou que “não se governa da caçamba de uma pick-up” ou “mentindo para as pessoas”. “O Jair Bolsonaro que chama para conversar o Centrão é o mesmo que grita fora velha política? Ou assina o PLN 4, mas diz que não negocia nada? Chega, vamos apontar cada mentira incoerente. João 8:32”, disse, em menção ao trecho da Bíblia que o presidente costuma citar: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

O deputado Rubens Bueno (PR), vice-presidente do Cidadania, publicou na mesma rede social que Bolsonaro deveria “estar somando força e energia para combater a gravíssima crise do coronavírus”, mas, em vez disso, “chama e participa de aglomerações e ainda flerta com a ditadura”. “Até quando?”, questionou.

Para o deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ), está “cada vez mais claro que Bolsonaro prepara um golpe, arquitetando uma ditadura que mistura Chávez, Orban e Erdogan”. “O momento é de enorme gravidade. As instituições precisam dar uma resposta à altura de suas ameaças e de seus planos sinistros. Precisamos defender o Brasil”, apontou.

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