Parlamentar condena o fato de os chamados crimes de colarinho branco não serem considerados hediondos (Foto: Robson Gonçalves)
A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) declarou apoio total à PEC (Proposta e Emenda à Constituição) que estabelece o cumprimento da pena após a condenação em segunda instância, matéria de autoria do deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP).
“Essa proposta representa o sentimento de segurança e justiça da população brasileira”, afirmou a parlamentar em reunião da comissão especial por onde tramita a matéria.
Sem citar o nome do ex-presidente Lula, a deputada lembrou que o contexto em que a discussão sobre o tema se deu, no ano passado, “para livrar pessoas que roubaram milhões do Brasil”. Paula Belmonte criticou também a Casa.
“Estamos aqui, muitas vezes, acobertando mentirosos”, disse.
A parlamentar ressaltou o depoimento de uma das convidadas à comissão.
“A convidada disse que os juizados de primeira instância às vezes são incompetentes. Não cabe à população pagar por essa incompetência. Que se melhore, então, o nível dos juízes”, cobrou.
Paula Belmonte condenou o fato de os chamados crimes de colarinho branco não serem considerados hediondos.
“O que é isso? Quando alguém rouba o Estado, a repercussão disso é a criança que não vai para a escola, é o hospital que não funciona, às vezes levando à morte de muitas pessoas”, disse.
Indígenas
Paula Belmonte participou, no início da tarde, de reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direito dos Povos Indígenas. Ela ressaltou a importância de se investir nas crianças e jovens indígenas e defendeu que a frente se preocupe com elas.
“Temos que lutar por escolas bilíngues para atender a essa população e dar voz a ela”, disse, lembrando problemas como automutilação, suicídio e subnutrição que, segundo a parlamentar, infelicitam os pequenos e os adolescentes indígenas.