IBGE: Trabalho informal bate recorde em 20 unidades da federação

Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua), a taxa de informalidade tem maior nível desde 2016 e atinge 41,1% (Foto: Reprodução)

Informalidade atinge recorde em 19 estados e no DF, diz IBGE

Taxa tem maior nível desde 2016 e atinge 41,1%

Diego Garcia – Folha de S. Paulo

A taxa média anual de informalidade em 2019 atingiu 41,1%, seu maior nível desde 2016, e bateu recorde em 20 unidades federativas do País, informou nesta sexta-feira (14) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O desemprego também caiu em 16 unidades federativas, mas a analista da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), Adriana Beringuy, viu relação entre o aumento da população empregada com a alta na informalidade.

“Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade”, disse Adriana.

A analista explicou que em vários estados se observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada.

“No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal”, apontou a analista.

São considerados informais os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Segundo os dados da Pnad, a informalidade atingiu recordes em Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

No total, 21 estados superaram os 40% de informalidade em 2019, sendo que 11 deles ultrapassaram a marca dos 50%. Apenas duas unidades federativas ficaram abaixo dos 30%: Distrito Federal e Santa Catarina.

O trabalho informal atingiu o equivalente a 38,4 milhões de pessoas, apesar da estabilidade com relação a 2018. Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acréscimo de um milhão de pessoas, segundo o IBGE.

Já a média de desocupação teve queda em 16 unidades federativas, acompanhando o número nacional que caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% no ano passado. A população ocupada aumentou 2% no Brasil, totalizando 93,4 milhões de trabalhadores em 2019.

Apesar do recuo na taxa de desemprego, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhões em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos, disse o IBGE.
Foram 12,6 milhões de desocupados em média no ano de 2019, um recuo de 1,7%, ou 215 mil pessoas a menos, em relação a 2018.

Porém, de acordo com os números divulgados nesta sexta pelo IBGE, 2,9 milhões de pessoas procuram trabalho há dois anos ou mais.

No quarto trimestre de 2019, o rendimento médio real da população ficou estável em 25 das 27 unidades federativas, estimado em R$ 2.340, tanto na comparação com o trimestre anterior quanto ao mesmo período de 2019.

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