No governo Bolsonaro, focos de queimadas na Amazônia aumentaram mais de 30%, diz Inpe

No balanço de 2019, os satélites registraram quase 90 mil focos de incêndio na região (Foto: Reprodução)

Focos de queimadas na Amazônia aumentam em 2019, informa o Inpe

Jornal Nacional – TV Globo

O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) confirmou que em 2019 aumentaram os focos de incêndio na Amazônia.

Foi um ano de muitas queimadas na floresta amazônica. Depois de uma explosão no número de incêndios em agosto, que chamou a atenção do mundo, e uma forte queda em setembro e outubro, meses em que o Exército atuou no combate ao fogo, em novembro e dezembro o Inpe registrou nova alta nos focos de queimadas na Amazônia em relação ao mesmo período de 2018.

Só no mês de dezembro, quando historicamente as queimadas diminuem por causa das chuvas, de acordo com o Inpe, houve um aumento de quase 80% em relação ao mesmo mês de 2018.

No balanço de 2019, os satélites registraram quase 90 mil focos de incêndio na Amazônia, 30% a mais do que em 2018. Em dez anos, 2019 foi o quarto ano com o maior número de queimadas.

O ministro do Meio Ambiente reconhece que as queimadas estão ligadas ao aumento do desmatamento. Ricardo Salles diz que uma das soluções é a regularização fundiária.

“Todo ano queima. Agora, há um aumento sim relacionado ao desmatamento. Então, é este aumento correlacionado ao desmatamento que nós devemos endereçar políticas públicas. As ações que nós entendemos que são importantes, as questões estruturantes ligadas a regularização fundiária, zoneamento econômico ecológico, pagamento de serviços ambientais, bioeconomia, comando e fiscalização. Tudo isso junto forma uma solução que é coerente e duradoura no tempo. Não adianta nós termos uma solução que pode ser oportuna num determinado momento, mas depois ela não dura”, disse.

Especialistas afirmam que os incêndios na Amazônia são causados principalmente pela ação de desmatadores – que usam fogo para limpar uma área de mata recém derrubada.

Por isso, é preciso uma fiscalização eficiente – dos órgãos de controle – ou a floresta vai arder de novo.

“A gente tem que aprender a lição de 2019. Essa lição é mais fiscalização, é mais controle, é o governo passando a mensagem de que para você trabalhar a terra na Amazônia você tem que fazer isso de forma legal”, afirmou Ane Alencar, diretora de Ciências do Ipam.

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