O Diversidade23, núcleo do Cidadania23, divulgou nota pública (veja abaixo) pelo Dia da Visibilidade Trans, celebrando nesta quarta-feira (29). A data foi criada em 2004 a partir da junção de esforços da sociedade civil organizada e do Ministério da Saúde.
“O Núcleo de Diversidade do Cidadania tem orgulho de todas e todos membros Transgêneros e travestis, garantindo a todas e todos o seus espaços, vozes e idéias. A LIBERDADE de gênero é o PRIMEIRO passo para construção de uma sociedade plural e respeitosa”, diz a nota.
“A nossa luta pela Visibilidade Trans
29 de janeiro é o Dia da Visibilidade Trans, data criada em 2004 a partir da junção de esforços da sociedade civil organizada e do Ministério da Saúde. Nos dias de hoje, o tema tem sido muito abordado e é possível afirmar que nunca se falou tanto sobre a vida e os problemas enfrentados pelas pessoas transgênero, mas é claro, trata-se de um reflexo da nossa luta por visibilidade
Muito já foi dito por todos os setores ideológicos, muitos erros cometidos e novas oportunidades foram criadas nos últimos anos. Diferentemente das pessoas cisgêneras, os/as transgênero/as já é tem sua liberdade tolhida desde o nascimento. O sexo biológico determina o papel que o/a TRANS deve desempenhar, em razão da construção binária de nossa sociedade. Quem desafia o “CIStema” é marginalizado e excluído.
Em meio a um cotidiano de negação de identidades e de uma sociedade que põe à margem as pessoas transgêneras e travestis, algumas conquistas devem ser comemoradas e rememoradas no dia 29 de janeiro, como a maior difusão do assunto e dos diálogos sobre transgeneridade. Importante falar também que o direito à alteração do Registro Civil, uma vez que configura a concretização do direito à identidade de gênero, tendo impacto direto e radical na afirmação da dignidade da pessoa humana, ao reduzir situações vexatórias e humilhações rotineiras.
Há que se pontuar também a criminalização da homofobia e também da transfobia ocorridas em 2019 a partir da Ação Direta de Omissão 26, protagonizada pelo Cidadania, com votos dos ministros e ministras da Suprema Corte que reascenderam os ideais de liberdade adormecidos em termos de identidade de gênero.
Destacamos o voto do ministro Celso de Mello no julgamento da ação: “Essa visão de mundo, fundada na ideia artificialmente construída de que as diferenças biológicas entre o homem e a mulher devem determinar os seus papeis sociais, meninos vestem azul e meninas vestem rosa, (…) impõe notadamente em face dos integrantes da comunidade LGBT uma inaceitável restrição a suas liberdades fundamentais, submetendo tais pessoas a um padrão existencial heteronormativo incompatível com a diversidade e o pluralismo”.
O Núcleo de Diversidade do Cidadania tem orgulho de todas e todos membros Transgêneros e travestis, garantindo a todas e todos o seus espaços, vozes e idéias. A LIBERDADE de gênero é o PRIMEIRO passo para construção de uma sociedade plural e respeitosa, afinal trata-se do DIREITO DE SER. É um “divisor de águas” entre começar a viver uma vida PLENA ou passar o resto da vida reféns dos CONTROLES sociais.
VIVA O DIA DA VISIBILIDADE TRANS!
Diversidade 23″