Alertas de desmatamento na Amazônia quase dobram em um ano, diz Inpe

Ao longo de 2019, o Pará registrou um aumento de 120% nos alertas do Deter em relação a 2018 (Foto: Reprodução)

Jornal Nacional – TV Globo

Números do Inpe mostram que os alertas de desmatamento na Amazônia Legal quase dobraram no período de um ano.

Os satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) captaram de janeiro a dezembro de 2019 sinais de derrubadas na Amazônia em áreas que, somadas, passam de nove mil quilômetros quadrados, um aumento de 85% em relação a 2018.

Isso é seis vezes mais do que o tamanho da cidade de São Paulo e é a maior área com alerta de desmatamento desde 2015 e é a maior área com alerta de desmatamento desde 2015.

Os dados são do Deter, o sistema criado para detectar os primeiros sinais de desmatamento e ajudar a fiscalização.

A taxa do desmatamento na Amazônia é apurada por outro sistema, o Prodes, também do Inpe, que usa mais satélites e apresenta informações de agosto a julho do ano seguinte. O último Prodes registrou um aumento de 42% no desmatamento.

Ao longo de 2019, o Pará registrou um aumento de 120% nos alertas do Deter em relação a 2018. O segundo foi o Mato Grosso, alta de 75%. Depois, Amazonas, 62%.

Os cientistas dizem que o mais preocupante é a aceleração do desmatamento. A taxa vem subindo muito, de acordo com os principais sistemas de monitoramento. Se essa tendência continuar, a destruição pode ser ainda maior em 2020. Por isso, afirmam que é preciso aumentar imediatamente a fiscalização do governo federal e dos estados.

O ex-presidente do Inpe Ricardo Galvão diz que o aumento apontado pelo Deter foi provocado pela postura do governo federal. Em 2019, Ricardo Galvão foi demitido por defender os dados do instituto depois que o presidente Jair Bolsonaro levantou dúvidas sobre a taxa de desmatamento.

“Infelizmente é uma lição bastante triste para nós no país. Todo o protagonismo que o Brasil tinha no mundo todo, uma ação bastante forte contra o desmatamento e preocupado com mudança climática, aquecimento global, tudo isso nós perdemos por uma ação desastrosa do governo, contestando dados científicos, contestando os alertas de desmatamento”, disse Galvão.

O Palácio do Planalto e o Ministério do Meio Ambiente não quiseram se manifestar.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/01/14/inpe-diz-que-alertas-de-desmatamento-na-amazonia-legal-quase-dobraram-em-um-ano.ghtml

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