Desastre ambiental: Incertezas sobre quantidade de óleo derramado no litoral persistem

A Polícia Federal aponta o navio Bouboulina, de bandeira grega, como principal suspeito pelo derramamento do óleo (Foto: Reprodução)

Ministro da Defesa diz que não é possível saber a quantidade de óleo que ainda pode atingir o País

Declaração de Fernando Azevedo e Silva foi uma resposta sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que o ‘pior está por vir’

Mateus Vargas – O Estado de S. Paulo

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse nesta segunda-feira, 4, que não sabe a quantidade de óleo derramado que poderá atingir o litoral brasileiro. “É uma situação inédita. Esse desastre nunca aconteceu no Brasil e até no mundo. Esse tipo de óleo não é perceptível pelo radar, pelo satélite. Não sabemos a quantidade de (óleo) derramado que está por vir”, afirmou.

A declaração do ministro foi uma resposta sobre declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de que o “pior está por vir”. Azevedo e Silva disse que o governo está “acompanhando a evolução” e avança na investigação sobre responsáveis pelo óleo.

O governo federal anunciou nesta segunda, 4, o começo da segunda etapa da Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida”, para conter o avanço do óleo sobre praias do Nordeste. As Forças Armadas devem realizar “ações humanitárias relacionadas ao meio ambiente, cooperação na recuperação de áreas marítimas atingidas e monitoramento das Águas Jurisdicionais do Brasil”, informou a Defesa.

A Polícia Federal aponta o navio Bouboulina, de bandeira grega, como principal suspeito pelo derramamento.

De acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram recolhidas quase 4 mil toneladas de resíduos de óleo das praias.

Bolsonaro esteve na Defesa, nesta segunda, para receber informações sobre as investigações. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não participou da reunião, pois está no Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia, área atingida pelo óleo.

Azevedo e Silva disse que as ações avançam simultaneamente em três frentes: apuração sobre responsáveis pelo derramamento, identificação das manchas de óleo no mar e contenção de danos nas praias.

Mais tarde, o porta-voz da Presidência da República, General Rêgo Barros, disse que as declarações de Bolsonaro no fim de semana sobre o vazamento de óleo no litoral do Brasil de que “o pior está por vir” foram feitas antes de ele receber informações do Ministério da Defesa. Rêgo Barros afirmou ainda que o governo já está identificando como o acidente ocorreu e quais eventuais responsáveis. (COLABOROU LIGIA FORMENTI)

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