Cidadania reforça importância do combate à violência contra a mulher

O Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher é uma data comemorada no dia 25 de novembro para denunciar crimes praticados contra as mulheres no mundo e reforçar a necessidade da adoção de políticas em todos os países para a sua completa erradicação.

A data foi proposta pelo movimento feminista latino-americano em 1981 devido ao assassinato das irmãs Mirabal na República Dominicana, que se opuseram ao regime ditatorial que controlava o País na ocasião. Em 1999, a Assembleia Geral da ONU, por meio de resolução, definiu o dia 17 de dezembro como a data para receber indicações e sugestões de governos, organizações internacionais e ONGs estabelecendo depois 25 de novembro como o dia para o combate da violência contra a mulher.

Diante disso, o Cidadania se une a milhões de entidades e pessoas para proclamar a necessidade da reflexão sobre o problema que atinge diariamente, em todo o planeta, milhões de mulheres e famílias. Por meio da Secretaria Nacional de Mulheres, M23, o partido conclama a todas as pessoas de bem a demonstrarem seu repúdio à violência contra as mulheres.

Dados

Segundo pesquisas, nos últimos 12 meses, 1,6 milhão de mulheres foram espancadas ou sofreram tentativa de estrangulamento no Brasil, enquanto 22 milhões (37,1%) das brasileiras passaram por algum tipo de assédio. Nos lares a situação também é dramática. Entre os casos de violência, 42% ocorreram no ambiente doméstico e, nesse caso, 52% das vítimas não denunciaram o agressor nem procuraram ajuda.

Entre 1980 e 2013, mais de 106 mil mulheres foram assassinadas no País e, a cada 7.2 segundos, uma mulher é vitima de violência física. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil ocupa o quinto lugar em número de mulheres vítimas de feminicídio.

Em 2015, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – realizou 749.024 atendimentos, a cada 42 segundos. Desde 2005, foram quase 5 milhões.

Situação alarmante

Para a escritora e coordenadora do M23, Elissa Felipe, a situação é alarmante. Ela destacou que a erradicação da violência contra a mulher pede o comprometimento de toda a sociedade e não só do público feminino.

“Esse é um problema que não atinge só as mulheres. É social, atinge todos nós. Todos devem estar comprometidos na erradicação desse mal e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, defendeu.

Elissa defendeu também que as mulheres devem, cada vez mais, procurar ocupar espaços de poder. E ressaltou o trabalho realizado pelo Cidadania e o M23.

“O Cidadania promoveu internamente uma grande abertura democrática ao acolher movimentos cívicos e sociais que apontam para a renovação política do País. A Secretaria Nacional de Mulheres vem fazendo um excelente trabalho na formação política de mulheres filiadas. Estamos nos consolidando como uma Secretaria forte, um movimento interessante”, disse.

Ao ser questionada se o País um dia conseguirá erradicar a violência contra a mulher, ela destacou a política como um importante campo de luta e debate para se alcançar o objetivo.

“A história de luta das mulheres pelos seus direitos não tem trajetória linear. É repleta de curvas com avanços e retrocessos. Atualmente vivemos um momento de intensa polarização política com a ascensão do autoritarismo, radicalização dos discursos e graves ataques a democracia. Elegemos um governo que veicula um discurso machista, misógino, homofóbico e racista. Um cenário propício para o aumento da violência contra a mulher. Mais do que nunca é o momento para que as mulheres tenham uma participação mais atuante e efetiva na política. Entrar e participar em partidos políticos é uma boa ferramenta para que possamos combater esses retrocessos”, avaliou.

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