A má distribuição dos 30 centros especializados do Brasil e o alto índice de subnotificações, mais de 70%, foram os principais problemas apresentados por entidades e especialistas no seminário que aconteceu nesta quarta-feira (02), na Câmara dos Deputados, para tratar das anomalias craniofaciais.
“O evento realizado hoje mostra a necessidade da criação urgente de uma política nacional de atendimento e reabilitação das fissuras labiopalatinas”, enfatiza a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), autora do requerimento para a realização do evento e presidente da Frente Parlamentar Mista da Saúde
Dados do Ministério da Saúde apontam que a incidência no Brasil é de um caso de malformação para cada 650 nascimentos. O presidente da Rede Profis, Thiago César, destacou como “os pais são importantes” nessa jornada de acompanhamento e de reabilitação das crianças.
Além de destacar a concentração dos centros habilitados em algumas regiões do Brasil, a representante da Fiocruz, Flávia Carvalho, lembrou, em participação por videoconferência, que a fissura labiopalatina é considerada pela Organização Mundial da Saúde como a anomalia com maior incidência.
As lesões ou fissuras labiopalatinas são malformações congênitas caracterizadas por aberturas ou descontinuidade das estruturas do lábio e/ou palato, de localização e extensão variáveis. Além dos aspectos estético, funcional e emocional, a malformação deforma o semblante do paciente e acarreta dificuldades para sucção, deglutição, mastigação, respiração, fonação e audição.
“As Fissuradas”
Ainda participaram do evento o representante do Ministério da Saúde, Eduardo David Gomes de Souza; a advogada, Fabiana Navarro, da Operação Sorriso, Paulo Maycon; Luiza Pannunzio, da ONG “As Fissuradas”; e o deputado federal D. Kalil, especialista em cirurgia pediátrica. (Com informações da Assessoria da Parlamentar)