A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) disse que para enfrentar o aumento nos índices de suicídio e combater a automutilação é preciso falar de vida.
“Temos que falar que nossos jovens são lindos. Somos todos irmãos brasileiros e temos que trabalhar unidos em prol desta grande nação”, afirmou, ao discursar no Simpósio de Prevenção ao Suicídio e à Automutilação, realizado pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (10).
A parlamentar do Cidadania descreveu os jovens como flores que despertam com plenitude.
“Se a gente falar para eles que eles não conseguem, que não têm condição, eles vão fracassar”, disse ao defender que na prevenção ao suicídio e à automutilação seja utilizada a linguagem do otimismo. “Temos tanto pelo que agradecer”, lembrou. O mês de setembro é saudado com a cor amarela por causa da luta contra o suicídio.
O Brasil é o oitavo país na ocorrência de suicídio. O fenômeno é a terceira causa de morte entre os jovens. Os sintomas experimentados por uma pessoa antes de tentar se matar são tristeza profunda, isolamento, desamparo, desespero e desesperança em relação ao futuro.
O presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, afirmou que há evidências de que é possível reduzir o número de suicídios, através, por exemplo, do tratamento adequado dos transtornos psíquicos, principalmente a depressão.
“O estigma mata e suicídio mata mais do que guerras. Quem comete suicídio tem doença mental e é isso que jogamos para baixo do tapete”, disse, ao denunciar a falta de investimento do Estado brasileiro na saúde mental.
“As pessoas não têm acesso à saúde mental”, disse.