Alex Manente lamenta falha na revista de militar preso com cocaína

O deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) classificou como inadmissível a falha na segurança da Base Aérea de Brasília, que culminou com a prisão do sargento Manoel Silva Rodrigues por tráfico internacional, ao ser pego, em Sevilha (Espanha) com 39 quilos de cocaína em bagagens quem estavam dentro de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). A aeronave dava apoio à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que estava a caminho do Japão, para reunião da Cúpula do G-20.

Um documento enviado, nesta semana, pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ao deputado do Cidadania aponta que “todo embarque de voo presidencial é realizado na estação de Autoridades, na Ala 1 da Base Aérea de Brasília, e conta com o apoio de equipamento de raio-X, sendo todas as bagagens efetivamente verificadas, inclusive a dos tripulantes dessa aeronave”.

No entanto, o ministério nada informa sobre a inspeção da aeronave de apoio da FAB, que havia decolado um dia antes para Sevilha. O governo faz questão de ressaltar que o avião que transportou a droga não é presidencial e, sim, de suporte ao avião em que Bolsonaro viajou.

“É inadmissível a falha na segurança. Coloca em risco as mais altas autoridades brasileiras porque, ao invés de drogas, poderiam ser explosivos que estavam sendo colocados ali. Além disso, tráfico de drogas sendo efetivado com o uso de instrumentos de comitiva presidencial envergonha e constrange o governo brasileiro perante o mundo”, afirma Alex Manente.

Investigações divulgadas no fim de semana pelo programa Fantástico apontam que os 39 quilos de cocaína estavam em uma mala, numa mochila e no porta-terno do sargento. Ele teria chegado três horas antes do voo, não passou pelo raio-X e pela pesagem de bagagem, e colocou a mala no fundo do avião.

Apenas no desembarque em Sevilha é que as bagagens foram inspecionadas por raio-X e foi constatada a droga.

No pedido de informação, o deputado também perguntou a quais procedimentos de revista e segurança foi submetido o sargento Manoel Silva Rodrigues naquela ocasião.

“Os procedimentos de bagagens são ajustados de acordo com a complexidade da missão e com os dispositivos disponíveis no local onde se dá o embarque”, ressaltou o ministro no documento.

Ainda em resposta ao requerimento, o Ministério da Defesa afirma que não existem registros de outras ocorrências de tráfico internacional de drogas, armas ou outros produtos de contrabando envolvendo as Forças Armadas. Portanto, este teria sido o primeiro episódio.

Observa ainda que o militar preso não possui histórico de atos demeritórios, nem qualquer apontamento médico ou psicológico em sua ficha.

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