Presidente do Cidadania critica ameaças contra participação de Miriam Leitão em feira de livro em Santa Catarina

O presidente do Cidadania, Roberto Freire (SP), criticou, nesta quarta-feira (17), ameaças feitas por internautas contra a participação da jornalista Miriam Leitão na 13º Feira do Livro de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.

Para o dirigente, a violência virtual contra a participação da profissional é antidemocrática. Ele lembrou situações semelhantes praticadas por defensores do lulopetismo. Os organizadores do evento afirmaram que a decisão teve como objetivo proteger a integridade física da colunista.

“Isso [as ameaças] inviabiliza uma sociedade democrática. É preciso salientar de que também tivemos isso do lado do lulopetismo com algumas atitudes profundamente antidemocráticas como essa. Basta lembrar o exemplo da blogueira cubana [Yoani Sánchez] que foi impedida, também por balbucias desse tipo, de realizar palestras em alguns estados brasileiros. Tivemos também essa intolerância a um filme do astrólogo preferido de Bolsonaro, Olavo de Carvalho. Isso em nenhum momento pode servir como justificativa para que agora o façam”, disse.

Roberto Freire questionou se o País agora viverá  de “revanches” e destacou que a cultura é do contraditório, e que as diferenças precisam ser respeitadas.

“Vamos ficar um País de revanches todos os dias? Revanches antidemocráticas que inviabiliza o pensamento livre, de expressão do pensamento e de afirmação da cultura. A cultura é do contraditório. Não é pensamento único. Aquilo que me agrada pode não agradar outros e vice-versa. O respeito tem que ser a regra. Infelizmente em tempos de bolsonarismo isso tende a ficar mais grave ainda do que no tempo do lulopetismo”, afirmou.

Ameaças

A jornalista Miriam Leitão, e seu marido, Sérgio Abranches, haviam sido convidados a participarem da feira, mas a organização preferiu anunciar o cancelamento do convite após manifestações nas redes sociais contrárias a participação dos profissionais. Em nota, o coordenador da feira, Carlos Schroeder, lamentou o cancelamento e afirmou ter “vergonha de dizer” que não poderia garantir a segurança dos jornalistas.

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