A liderança do Cidadania na Câmara dos Deputados divulgou, nesta sexta-feira (12), nota (veja abaixo) de esclarecimento sobre os posicionamentos da bancada do partido na votação da reforma da Previdência.
O documento destaca que o Parlamento é um local democrático que muitas vezes exige estabelecimento de acordos, e ressalta que os deputados do partido atuam, e sempre atuarão, em busca de proteger as classes menos favorecidas da sociedade brasileira.
“NOTA DE ESCLARECIMENTO
As batalhas exigem, antes de tudo, estratégia e boa execução do que foi planejado. Dentro de um espaço onde se busca conquistar algo, por vezes, em algumas etapas, o recuo ou a concessão não podem ser interpretados como derrota. Tais movimentos se fazem necessários no processo para se obter a vitória em algo maior.
O ambiente da negociação política onde ocorre a votação da reforma da Previdência (PEC 06/2019) é um campo aberto onde, necessariamente, é preciso articular, propor, conceder, ceder, avançar, recuar. Sem estes movimentos, a derrota pode ser inevitável.
O Cidadania na Câmara, durante todo o processo de tramitação desta reforma, tem posto em prática um dos seus princípios mais elementares: a defesa dos mais pobres e a busca da justiça social. É preciso destacar que a bancada é signatária do manifesto que exigiu a retirada da capitalização, do Benefício de Prestação Continuada (BPC), da atividade rural do rol de modificações a serem feitas pela reforma da Previdência. E assim foi conquistado. Estes itens estão fora do texto-base.
Em plenário, o jogo é bruto. E o partido na Casa não tem arredado o pé para, novamente, manter coerência com seus princípios. No equilíbrio entre não fazer oposição irresponsável, numa matéria tão importante para o Brasil, e não distanciar o olhar da base da pirâmide da base social, o time do Cidadania na Câmara conquistou espaços para interferir no texto da reforma. É preciso lembrar: são apenas 8 deputados federais, mas com gigante capacidade de articulação.
Entre a noite de quinta-feira e madrugada desta quinta, só para citar como recorte temporal, a bancada trabalhou para aprovar a redução de 20 para 15 anos a idade mínima para os homens se aposentarem. Também atuou de forma decisiva para votar e colocar na reforma o direito às mulheres de se aposentarem com a integralidade do salário após 35 anos de contribuição.
Entretanto, por acordo político, se comprometeu com as demais lideranças partidárias a votar favoravelmente no destaque que diminuiu a idade para aposentadoria de policiais da União. A garantia do voto não se deu por pressão. É negociação.
Quem tem o mínimo conhecimento de Parlamento sabe que não há articulação diferente disto. É preciso lembrar que não se pode analisar fatos e decisões por atos isolados. Até este instante, o saldo é positivo para o partido no alcance de seus objetivos no mérito da PEC 06/2019.
A votação da reforma continua na Casa e o Cidadania seguirá na mesma toada: buscar ainda mais interferir em favor das classes menos favorecidas.
Brasília, 12 de julho de 2019
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA LIDERANÇA DO CIDADANIA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS”