O desmatamento na Amazônia em junho foi cerca de 57% maior do que no mesmo mês do ano passado, segundo dados do Deter, sistema de alertas de desmatamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Os dados do mês passado, por enquanto, só vão até o dia 28 – o que pode ainda causar alterações no crescimento da taxa.
No mês de junho, foram desmatados cerca de 769 km2, ante aproximadamente 488 km2 em 2018, segundo o Deter.
As taxas apontadas pelo Deter são diferentes do nível de desmatamento consolidado publicado anualmente por meio do Prodes, também do Inpe.
“O Deter é um dado oficial que pega o pulso do desmatamento mensal”, diz Carlos Souza, da ONG Imazon. Ele explica que, no caso do Prodes, as melhores imagens de satélite (com menor interferência de nuvens) são selecionadas e analisadas para que dados mais precisos sejam obtidos.
Segundo análise ainda em processo da Imazon, de agosto do ano passado a junho deste ano, houve um aumento de desmatamento de cerca de 8%, quando comparado ao mesmo período anterior.
O desmate na Amazônia vem apresentando tendência de expansão desde 2012, quando atingiu seu menor valor histórico.
No ano passado (considerando o período entre 2017 e 2018), a destruição da Amazônia atingiu o maior patamar da última década, com 7.900 km2 de floresta derrubados, 14% mais que no período anterior (2016-2017).
Souza afirma que é alta a probabilidade de novo aumento no desmatamento em relação ao período anterior. (Com informações da Folhapress)
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