O IBGE (Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, nesta quinta-feira (27), pesquisa que aponta o segmento varejista como o mais representativo na atividade comercial brasileira em 2017 na comparação com 2008. Os dados foram divulgados por meio da PAC (Pequisa Anual de Comércio).
De acordo com o levantamento, o varejo respondeu por 45,5% da receita operacional líquida de R$ 3,4 trilhões do comércio nacional em 2017 contra 44,6% do setor atacadista e 9,9% do comércio de veículos, peças e motocicletas.
Na análise dos últimos 10 anos, o comércio varejista saiu de 39,6% em 2008 para 45,5% em 2017. Já o comércio de veículos caiu de 16% para 9,9%. Segundo o estudo, o segmento atacadista manteve-se praticamente estável subindo de 44,6% em 2008 para 44,6% em 2017.
A pesquisa mostra que 1,5 milhão de empresas registradas no País em 2017 obtiveram receita bruta de R$ 3,8 trilhões, sendo R$ 1,7 trilhão auferido pelo varejo e atacado cada, e R$ 360,6 bilhões pelo comércio de veículos, peças e motocicletas.
Contratação
O setor de comércio contratou 10,2 milhões de pessoas e foram pagos R$ 226,7 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O valor adicionado bruto obtido pela atividade comercial atingiu R$ 538,7 bilhões em 2017.
Para o técnico de Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE, Jordano Rocha, o aumento da participação do varejo ocorreu devido à diminuição da participação do segmento de veículos, peças e motocicletas. Ele ainda destacou que o varejo foi o segmento que mais contratou.
“Em emprego, não houve grandes mudanças na participação de cada segmento de 2008 para 2017. O varejo continua sendo o segmento que mais empregava, entre esses três. Em 2017, ocupava cerca de três quartos do pessoal ocupado em comércio”, disse Rocha.
Na análise das variações de aumento na receita operacional líquida foram observadas em hipermercados e supermercados (2,7%), passando de 9,8% para 12,5% em dez anos; no comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas, fumo e minimercados (2,6%), de 2,2% para 4,8%; e no comércio por atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,1%), de 6,3% para 8,4%.
As principais quedas, por outro lado, foram identificadas no comércio de veículos automotores (- 5,5%), de 11,6% para 6,1%; no comércio por atacado de combustíveis e lubrificantes (-1,4%), de 12,7% para 11,3%; e no comércio por atacado de máquinas, aparelhos e equipamentos, inclusive tecnologia da informação (TI) e comunicação (-0,8%), de 4,5% para 3,7%. (Com informações do IBGE)