Instituído em 1972 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado no dia 5 de junho. No Brasil, essa data foi ampliada e se tornou a Semana Nacional do Meio Ambiente. Época em que escolas, universidades, institutos de meio ambiente, ONGs e mídia desenvolvem ações conjuntas para lembrar a sociedade sobre a importância de medidas de atenção e proteção ambientais. Aproveitamos o momento para refletir sobre qual ambiente de vida queremos para o futuro do nosso planeta e o que estamos deixando para as próximas gerações.
Nos deparamos hoje com a triste realidade da degradação ambiental, a contaminação de rios, lagos e oceanos, a poluição do ar nas grandes cidades e a devastação de nossas florestas e sua inestimável biodiversidade. Temos que iniciar um rápido e amplo processo de reversão dessa conduta nefasta e inconsequente antes que seja tarde demais. Devemos deixar para os nossos descendentes um ambiente saudável para viverem e usufruírem, assim como estamos fazendo.
Nossa sociedade, sem os devidos instrumentos de planejamento, controle, proteção e fiscalização tem mostrado-se predadora, mantendo um comportamento deletério de consumo e uso desenfreado dos recursos naturais. É preciso combater e punir essa cultura de destruição ao meio ambiente.
Como parlamentares, cabe-nos o aperfeiçoamento dos instrumentos legais de controle bem como a fiscalização impiedosa da aplicação das leis sobre os métodos de produção industrial, agrícola e minerária. É nosso dever também acompanhar se o tratamento de rejeitos e sua disposição estão sendo feitos de maneira adequada. Não é mais possível o convívio com o esgoto a céu aberto, com os lixões espalhados pelas periferias das cidades e com as doenças decorrentes da destinação inadequada, enquanto bilhões de reais são desviados pela corrupção, mau uso e enriquecimento ilícito.
Por outro lado, há que se evidenciar e pôr luz sobre importantes ações em curso em meu estado, o Espírito Santo. O Programa Reflorestar, resultado de uma exitosa parceria entre o governo do estadual e os produtores rurais, sobretudo os pequenos, está recuperando de forma inédita milhares de hectares de florestas nativas sem prejuízo de sua atividade econômica. Fica criada uma relação onde todos ganham deixando um legado de que o homem que produz o alimento é o mesmo que conserva a terra.
Enquanto representantes dos estados no Senado Federal, devemos envidar esforços em prol da conservação e do uso sustentável de nossas riquezas naturais sob pena de, num futuro próximo, ficarmos na história como atores que fecharam os olhos no momento em que mais poderiam ter contribuído para garantir uma vida melhor às futuras gerações, deixando-as abandonadas à própria sorte.
Na condição de senador da República, quero abraçar e assumir compromisso com cada iniciativa capixaba e brasileira que nos ajudem a entregar um País melhor para as futuras gerações que ocuparão esse ambiente chamado Terra.
Marcos do Val é senador pelo Cidadania do Espírito Santo