A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara aprovou nesta quarta-feira (15) requerimento para realização de seminário para discutir, com especialistas, sociedade civil e governo, políticas públicas direcionadas para prevenção e tratamento do câncer de cabeça e pescoço.
O pedido é de autoria da deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que presidente a Frente Parlamentar Mista da Saúde.
A estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) prevista para 2018 era de 31.980 novos casos de câncer cabeça e pescoço, sendo 14.700 novos casos de cavidade oral; outros 9.610 de tireoide e 7.670 de laringe.
“Apesar da incidência, a população ainda é pouco informada sobre esse tipo de câncer. É uma doença cercada de muito estigma e preconceito porque, em muitos casos, é necessária a mutilação do paciente. Isso faz com que muitos pacientes se afastem do convívio e sejam discriminadas pela sociedade”, explicou Carmen Zanotto na justificativa do requerimento.
No seminário, será apresentada proposta de revisão da Diretriz Diagnóstica e Terapêutica do Câncer de Cabeça e Pescoço do Ministério da Saúde, que foi elaborada por um grupo de trabalho que contempla a participação de 19 sociedades médicas do país.
Ainda segundo o Inca, os tumores de e pescoço são mais frequentes em homens na faixa dos 60 anos de idade. Nas décadas de 1980 e 1990, 80% dos pacientes eram fumantes e etilistas com idade superior a 50 anos. Nos últimos anos , houve um aumento considerável de jovens diagnosticados com a doença.
“Infelizmente, na maioria dos casos, o diagnóstico continua tardio. De quatro diagnósticos de câncer de cabeça e pescoço, três são feitos em estágios avançados, quando as chances de cura da doença são menores”, afirmou Carmen Zanotto.