Paula Belmonte cobra de ex-presidente do BNDES respeito à CPI

A deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) foi dura com o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabelo de Castro, durante depoimento dele na reunião desta terça-feira (23) da CPI  da Câmara dos Deputados que investiga ilícitos praticados pelo banco.

“Estou me sentindo uma palhaça”, disse a parlamentar, ao reclamar que o convidado não estava falando a verdade. A parlamentar pediu respeito à comissão.

Paulo Rabelo de Castro procurara, até Paula fazer a reprimenda, dar aos deputados a imagem do BNDES como uma instituição que não cometera erros ao incentivar a política de campeões nacionais e emprestar dinheiro para obras em Cuba, Venezuela e Moçambique, países que tinham alto risco de inadimplência e que estão com as parcelas dos empréstimos feitos pelo banco em atraso.

“Foram US$ 10 milhões emprestados com risco sete e nenhum outro país teve as vantagens que esses três países tiveram, de pagar em 25 anos”, afirmou a parlamentar.

“O senhor veio aqui para falar o que realmente aconteceu”, insistiu.

A deputada refutou um comentário de Paulo Rabelo de Castro de que a CPI poderia até mesmo acabar com o banco.

“Ninguém aqui quer quebrar o BNDES. Queremos fortalece-lo”, garantiu.

Segundo Paula Belmonte, relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) mostra que não ficou comprovada a prestação dos serviços nem a exportação de equipamentos por parte das empresas brasileiras que tocaram obras na Venezuela, em Cuba e Moçambique. Paula cobrou de Rabelo de Castro a retomada do dinheiro da instituição que atualmente está arcando com prejuízo.

A deputada lembrou que o Brasil é um país que está enfrentando dificuldades na economia e cuja população passa por problemas sérios, como o desemprego de cerca de 13 milhões de pessoas e a captura de adolescentes pelo tráfico de drogas e a criminalidade. Ela ressaltou que o BNDES é importante para o desenvolvimento do país e não pode ser desvirtuado. O depoente apenas respondeu: “A senhora tem razão, deputada”.

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