Previdência: Sérgio C. Buarque diz que proposta tem imperfeições, mas que cabe ao Congresso o aperfeiçoamento

Economista, com mestrado em sociologia, professor aposentado da FCAP/UPE (Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco, da Universidade de Pernambuco), consultor em planejamento estratégico com base em cenários e desenvolvimento regional e local, Sérgio C. Buarque, em artigo publicado na sexta edição da Revista Política Democrática Online (veja aqui) fala sobre os gastos totais com a Previdência, que devem devem alcançar este ano a enorme cifra de R$ 637,85 bilhões, que representa 8,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Para 2019, prevê-se déficit previdenciário da União de R$ 218,04 bilhões, equivalente a 2,9% do PIB.

Segundo Buarque, a crise da Previdência é o resultado de mudança profunda no perfil demográfico do Brasil com aumento da expectativa de vida e o envelhecimento rápido da população; fenômeno que deve se acelerar no futuro, avalia. De acordo com ele, que também é sócio da Multivisão-Planejamento Estratégico e Prospecção de Cenários e da Factta-Consultoria, Estratégia e Competitividade, com projeções do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) , a população com 65 anos e mais (que deverá estar aposentada) vai crescer em torno de 3,4% ao ano nos próximos 15 anos, passando de 16 milhões, em 2015, para 51 milhões, em 2050 (salta de 7,9% para 22,6% da população total).

“Esta dinâmica demográfica futura prenuncia desequilíbrio devastador do sistema de previdência e a falência completa das finanças públicas com graves consequências econômicas e sociais”, acredita.

Sérgio Buarque, que também é fundador e membro do Conselho Editorial da Revista Será?, avalia que a proposta da Reforma da Previdência tem imperfeições, como a mudança no sistema de assistência social a idosos e deficientes (PBC-Benefício de Prestação Continuada), que não tem nada a ver com Previdência Social.

“O Congresso pode e deve melhorar e aperfeiçoar alguns aspectos da reforma proposta, mas não pode ceder às pressões corporativistas, nem se deixar levar por falsas e demagógicas generosidades, que poderiam desfigurar seu conteúdo e comprometer sua eficácia”, completa. “Eventual insucesso da reforma da Previdência seria um desastre. No futuro, seria analisado pelos historiadores como mais uma oportunidade perdida pelo Brasil, e não como um segundo ponto de inflexão da história econômica brasileira”, acredita Buarque. (Assessoria FAP)

Leia também

Cidadania abre 5º Encontro Nacional de Jovens Lideranças em Brasília

Evento reúne jovens de todo o Brasil para quatro...

TRE mantém Dr. Leônidas na Alep e reforça legalidade da atuação do Cidadania no processo eleitoral

Decisão reafirma segurança jurídica na composição da bancada estadual O...

Cidadania aprova início de tratativas para federação com o PSB

Executiva Nacional decide por unanimidade abrir diálogo com o...

Renata Bueno lança novo site para fortalecer a conexão entre Brasil e Itália

Renata Bueno, primeira deputada ítalo-brasileira no Parlamento Italiano, acaba...

Cidadania/PR avança com novas filiações e consolida projeto para 2026

Com informações de Yuri Augusto Raysel Rodrigues No último sábado...

Informativo

Receba as notícias do Cidadania no seu celular!