Pedro Melo e Marcelo Calero defendem Cultura como instrumento de combate às desigualdades

Os pré-candidatos a vereador e prefeito pelo Cidadania acreditam que uma política pública bem elaborada pode contribuir para o desempenho da educação brasileira

Em live nesta quarta-feira (19), o pré-candidato do Cidadania a vereador por São Paulo Pedro Melo defendeu que os equipamentos públicos no município sejam melhor aproveitados. Uma das sugestões é que locais hoje desocupados passem a ser usados para manifestações culturais. “São locais ociosos e falta gestão para podermos ocupá-los. Temos mais de 55 espaços de feiras e mercados livres em São Paulo que estão prontos para isso”, argumentou.

Melo também abordou a questão da taxação dos livros em 12%, proposta enviada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional.

“Livro é fundamental. Quando colocamos a Cultura como se fosse privilégio de uma elite, isso é muito grave. Ela forma opinião, quebra paradigmas, faz com que as pessoas pensem de maneira mais abrangente. Você tolher essa possibilidade na vida das pessoas é inadmissível, sobretudo num governo que, desde o começo, desprestigia a cultura”, apontou.

O pré-candidato falou ainda sobre a necessidade de se pensar alternativas para a cultura no pós-pandemia e elogiou a atuação do Congresso Nacional com a aprovação da Lei Aldir Blanc.

“Na pandemia, um dos setores mais afetados foi a Cultura. O Congresso Nacional teve um importantíssimo papel aprovando a Lei Aldir Blanc, que vai ajudar os profissionais da área a suportar esse período. A gente ainda vive esse momento de isolamento e o setor cultural é por si só de aglomeração. E agora não podemos desfrutar desses momentos. Precisamos pensar alternativas”, sustentou.

Contra a taxação de livros

Um dos debatedores da live, o deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ), ex-ministro da Cultura do governo Michel Temer, falou da necessidade de o país levar essa política pública com seriedade.

“A cultura é a indústria do futuro, porque tem relação com o meio técnico, científico, informacional, a nova fase industrial que o mundo está vivendo. O que importa é o conhecimento e a produção de conhecimento. E a cultura é a base da produção desse conhecimento”, defendeu.

Calero lembrou de uma pesquisa realizada pela Fundação Cesgranrio, que atua nas áreas da Educação e Cultura. “Eles conseguiram mostrar que alunos que tinham mais acesso à cultura, seja em termos de fruição ou na possibilidade de manifestação, tinham um desempenho acadêmico melhor. É a ambiência cultural”, afirmou.

O deputado também apresentou aspectos que considera importantes da área como ferramenta na luta contra a desigualdade. “Quando falamos de cultura, falamos de memória, de história, de identidade. É dever do Estado resguardar, por meio de políticas, esse arcabouço. A Cultura alavanca o desenvolvimento socioeconômico, além de ser ferramenta de educação”, sustentou.

Assim como Melo, Calero criticou a possibilidade de taxação dos livros. “E aí você ouve o Guedes dizer um despautério de que vamos distribuir livros para os mais pobres. Qual o critério? Quais são esses livros? As pessoas não têm direito de escolha? É a pior visão elitista possível sobre o produzir cultural e o usufruir cultural. Não contribui em nada para a circulação do conhecimento”, lamentou.

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