Elimar Nascimento: Nova exclusão social ameaça a democracia

Professor da UnB participou do IV Encontro de Jovens Lideranças promovido pela FAP em Corumbá de Goiás (Foto: FAP)

“A nova exclusão social ameaça a democracia porque tende a estigmatizar determinados grupos que ficam ameaçados”.

A declaração e do sociólogo e professor da UnB (Universidade de Brasília) Elimar Nascimento, em palestra para os participantes do IV Encontro de Jovens Lideranças. O evento foi realizado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) em Corumbá de Goiás, a 125 quilômetros de Brasília, entre os dias 15 e 18 de janeiro. A FAP é vinculada do Cidadania.

De acordo com Nascimento, a nova exclusão social é, basicamente, a construção de grupos vistos pelas elites econômica, política e social com três características (veja aqui o vídeo).

“São desnecessários economicamente, socialmente perigosos e politicamente incômodos porque não sabem votar”, explica.

O elemento perigoso da nova exclusão social é que, já que são vistos como desnecessários economicamente, esses grupos não têm importância se morrem ou vivem, segundo o professor da UnB.

“Nem escravo é visto assim porque ele precisa ficar vivo para continuar sendo explorado”, ressalta.

Nascimento também abordou a crise ecológica no Brasil.

“Dos nove indicadores da saúde ambiental, estamos derrotados em oito, conforme artigos internacionais”, afirma.

“No país, está aumentando gases de efeito estufa, a perda da biodiversidade, a pesca degradante”, acentua.

Segundo o sociólogo, a crise ambiental também ameaça a democracia porque esse regime de governo não tem instrumento para enfrentá-la.

“As pessoas não estão conscientes dos riscos que a destruição ambiental representa”, alerta.

O meio ambiente e a sustentabilidade também são ameaçados tanto por ricos quanto por pobres, conforme avaliação do palestrante. No primeiro caso, para aumentar a riqueza e, no segundo, por uma questão de sobrevivência.

“A população pobre tem dificuldade de entender as questões da sustentabilidade porque tem de comer amanhã. Por isso, passa a ser a favor da ocupação irracional da Amazônia, por exemplo, porque quer emprego. É a necessidade dela”, analisa.

Já os ricos também destroem o meio ambiente “porque querem ficar ricos o mais rápido possível, pouco importa o que vem depois”.

“Querem ganhar dinheiro”, enfatiza o professor da UnB.

Segundo ele, um dos caminhos é criar alternativas de emprego que não sejam necessariamente a destruição da natureza. (Cleomar Almeida/Aassessor de Comunicação da FAP)

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